quarta-feira, 12 de agosto de 2009

PEQUENOS DELITOS - Indicação Prêmio Açorianos 2007

“Dar a ver é sempre inquietar o ver, em seu ato, em seu sujeito.” Didi-Huberman Fugindo da rotina, dos hábitos, dos estereótipos, como o cotidiano é observado? Se estranha o familiar?Se rompe o reconhecível? Se vê o constantemente invisível? Assim constituiu-se o cerne da mostra “Pequenos Delitos” , realizada no Porão do Paço Municipal de Porto Alegre, de 12 de Dezembro de 2007 a 18 de Janeiro de 2008, por iniciativa da SEcretaria Municipal da Cultura da cidade. Aademais de buscar rupturas de significação dos objetos comuns do dia-a-dia do centro da cidade de Porto Alegre, visa restaurar simbologias, tanto de crenças diversas, como da própria história da arte, concretizadas em materiais específicos. Atuando junto a microcomunidades do centro da cidade, convivendo, contatando e estabelecendo diálogos com estas, o trabalho desenvolve-se sob uma espécie de Estética da Continuidade, onde a obra insere-se em um movimento contínuo de agregação de idéias relativas ao dia-a-dia comum, mas singular, dos indivíduos do local pesquisado, apresentando-se não como resultado final, mas como uma cadeia contínua de interligações com o entorno. Através de signos semânticos, a mostra surge na tentativa de aproximar-se do cotidiano do espectador, seja ele transeunte, trabalhador, morador do centro da cidade ou não, resgatando história, espaço e contexto, refazendo ações, recriando criações de sua experiência diária e buscando sua identificação com a obra ao assemelhar esta com as coisas comuns. Possuindo, de certa forma, um caráter barroco, as peças associam axiologicamente este período e estilo da história da arte às questões contemporâneas da área, trazendo à tona “o paradoxal, a abertura interpretativa, a mutabilidade, a valorização do detalhe e do pormenor e a menor rigidez das homologações estéticas, morfológicas e éticas” ( Brandão, 2000), comuns à ambos períodos. Pequenos Delitos, que traz no título o crime aos quais eram condenados os prisioneiros do Porão do Paço Municipal, no século XIX, é uma mostra que possui em sua base a idéia de que o significado e o sentido de um objeto artístico nem sempre está necessariamente contido nele, mas sim emerge de seu contexto e, “tendo em vista que, em uma cultura tudo está entrelaçado, basta modificar um de seus elementos para que esta alteração inicial determine outras, imprevisíveis, na maioria dos casos” (Bastide, 1971).
Porão do Paço Municipal-Porto Alegre
De 12 de Dezembro de 2007 a 18 de Janeiro de 2008

Entreterras


Entreterras
Instalação
Terra preta, caixa de madeira, veludo e mapa de Porto Alegre
500X500X20
2007

Aislado




Aislado
Instalação
Mica, água e óleo
100X100X100
2007




sexta-feira, 7 de agosto de 2009

O Mercador de Veneza







O Mercador de Veneza
Instalação
Charque e gancho de ferro
6 peças de 40X4oX15cm
2007






Daquele que é o Primeiro e o Último





Daquele que é o Primeiro e o Último
Escultura
Caixa de MDF, amido de milho e vela
170X25X10
2007

Escarlate




Escarlate
Escultura
Ferro e Veludo
150X100X100
2006



Histórias Cicatrizadas




Histórias Cicatrizadas
Fotografia
Adesivo sobre MDF
170X120X15
2006

Montagem

Vernissage